O que muda no agronegócio com o coronavirus
Apesar de nesse momento, alguns setores do agronegócio terem apresentado uma grande queda, devido não só a dificuldade para exportar produtos por vias aéreas, como o fechamendo de vários restaurantes, que estão impactando negativamente o setor. Devemos considerar que, mesmo com essas dificuldades, algumas commodities agrícolas, como soja, milho e café registraram valorizações na semana, “influenciadas pela demanda aquecida, estoques baixos e manutenção do câmbio alto”. A tendência é aquecera ainda mais este setor.
Conforme já informado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em fevereiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2020 foi estimada em 246,7 milhões de toneladas, 2,2% acima da safra de 2019, com 5,3 milhões de toneladas a mais. A pesquisa prevê que a safra brasileira deverá ser a maior da série histórica do instituto, iniciada em 1975.
Segundo o levantamento, a área a ser colhida é de 64,3 milhões de hectares, 1,7% acima da de 2019 (mais 1,1 milhão de hectares).
A estimativa é de recorde na produção de soja e na safra de algodão, com aumento de 8,7% para a soja, com 123,3 milhões de toneladas, e de 1,6% para o algodão herbáceo (em caroço), com 7 milhões de tonelada.
O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos, que, somados, representaram 93,2% da estimativa da produção e responderam por 87,2% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 1,3% na área do milho, de 2,4% na área da soja, de 5,8% para a área do algodão herbáceo e queda de 2,5% na área de arroz
Já os preços do etanol se mantiveram estáveis, mas com tendência de baixa diante das perspectivas de queda no consumo e início da safra, destaca o boletim da CNA.