As boas práticas agrícolas (BPAs) está cada mais inserida no mundo da agricultura brasileira e está cada dia mais responsável com práticas de qualidade e e produtividade melhor estabelecida. No caso da produção no campo, as exigências dão origem às chamadas Boas Práticas Agrícolas (BPAs), que podem ser definidas como “fazer as coisas da melhor maneira e dar garantias disso”.
Além disso, as BPAs são um conjunto de princípios, normas e recomendações técnicas aplicadas à produção, ao processamento e ao transporte de insumos, matérias-primas e produtos, orientados a cuidar da saúde humana, proteger o meio ambiente e melhorar as condições dos trabalhadores e suas famílias. Os beneficiários diretos e indiretos das BPAs são os agricultores e suas famílias, pois agregam maior valor aos seus produtos; os consumidores, que disporão de produtos com maior qualidade e produzidos sob requisitos de responsabilidade socioambiental; e a sociedade em geral, que desfrutará de um ambiente preservado e de relações sociais mais justas.
BPAs: Procedimentos estabelecidos para a produção primária e o controle de risco
As BPAs são procedimentos estabelecidos para a produção primária, objetivando, sobretudo, o controle dos riscos e perigos presentes em cada etapa operacional, levando-se em consideração critérios de sustentabilidade para a preservação ambiental e para a promoção socioeconômica de todos os envolvidos na produção agrícola.
Podemos citar alguns exemplos que você que trabalha diretamente envolvido com grãos, deve levar em conta:
- Saúde ocupacional: adotar procedimentos que garantam acesso à água potável, alimentação adequada e boas condições sanitárias para trabalhadores; Plano de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); Plano de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); procedimentos de primeiros socorros, assistência médica e pronto atendimento a acidentes e orientação para uso de Equipamentos de Proteção Individual.
- Relações trabalhistas: plano de controle de exigências legais e de jornada de trabalho; procedimentos de orientação de funcionários voltados às atividades de operação de máquinas, manuseio de produtos químicos, riscos ambientais, de saúde e segurança.
- Práticas agrícolas e gestão de impactos sobre os recursos naturais: mapeamento dos recursos naturais (recursos hídricos, Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal); monitoramento dos impactos sobre o solo e sobre a água; monitoramento das emissões de gases de efeito estufa, não só pelo uso de combustíveis, mas também pelo pó emitido no momento da descarga de grãos; identificação e o mapeamento de riscos socioambientais das operações; adoção de procedimentos para a mitigação dos impactos gerados; plano de redução, reutilização e reciclagem de resíduos; e procedimentos de técnicas conservacionistas.
- Viabilidade financeira e econômica dos projetos: planejamento financeiro dos projetos; implantação de controles de custos; adoção de mecanismos de gestão de risco; e o cumprimento da legislação.
- Qualidade do produto: plano de avaliação dos perigos e pontos críticos de controle; monitoramento do uso de possíveis contaminantes; procedimentos para produção, logística e infraestrutura de transporte; armazenamento e beneficiamento.
- Responsabilidade social: procedimentos para a interação com a sociedade para a resolução de conflitos de interesse em áreas de entorno e plano de participação em projetos sociais individuais e coletivos.
Hoje, como está a sua operação? Você opera de modo responsável?